Salvador sob o olhar de Roberto Santos
O professor Roberto Santos, fundador e Presidente
da Academia Baiana de Ciências, ex-Ministro da Saúde, ex-Governador da Bahia,
ex-Deputado Federal e ex-Secretário de Saúde, do alto dos seus 85 anos
acompanha os rumos da política, da saúde e da economia
baiana e brasileira. Aposentado, mas sintonizado com os acontecimentos da
atualidade.Em conversa com o repórter demonstrou continuar sempre lançando seu olhar especial sobre o presente e futuro da sua
cidade natal, Salvador, e do seu estado.
O crescimento urbano da capital e as
transformações em curso nos planos políticos e sociais são assuntos que o
professor gosta de abordar com profundo conhecimento. “Nós vivemos as
expectativas de que a transformação dos produtos primários industrializados
venha abrir novas oportunidades para os jovens que estão chegando, e que haja
com isso um aumento não só do produto interno bruto, do ponto de vista
econômico, mas também um desenvolvimento de natureza cultural”.
Para quem possui dezenas de
publicações sobre temas como educação, saúde, políticas públicas para ciência e
tecnologia, o estado da Bahia tem tido, em sua história recente,
“momentos de altos e baixos. De progresso evidente, de entusiasmo grande da
parte dos nossos conterrâneos, quanto às nossas perspectivas de futuro, e
outros momentos em que isso se atenua e não vem com o mesmo impulso
que nós desejaríamos”, considera o professor Roberto Santos.
Quanto ao panorama político
atual, em sua opinião, se desenha “um quadro muito confuso” com relação às
próximas eleições. “Nós estamos prevendo que surjam idéias novas, a respeito de
como levar adiante o ânimo dos baianos se acha meio combalido, meio deprimido.
Estamos aguardando, agora que está começando o horário gratuito da campanha dos
candidatos, que apareçam sugestões, propostas e que haja uma idéia de
planejamento que nos últimos anos não tem sido forte no setor público e que,
sem dúvida, servirá para que o setor privado se oriente de uma forma
encorajadora’, observa.
Pretensão política já não
existe mais no universo existencial do sempre bem lembrado ex-governador,
período de 1975 a 1979. “Mas, nos últimos anos, já tendo procurar realizar o
máximo que está no meu alcance, eu estou acompanhando os fatos, sempre
interessado”, afirma. A Bahia daquela época, em sua opinião, era “mais animada,
corajosa quanto ao seu destino. Ultimamente tem se percebido certo desencanto,
que não pode ser permanente, não deve permanecer por muito tempo, mas que sem
dúvida está necessitando um reencorajamento, para que se aproveite todo o
potencial do estado que é muito grande, sobre todos os ângulos”, concluiu o professor,
que se orgulha de, no seu governo, ter dado prioridade a educação das gerações
que surgiam. Foto: Divulgação.
Publicado na Tribuna da Bahia de quinta-feira, 23 de Agosto
de 2012 e no Jornal Repórter.
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