domingo, 14 de abril de 2013

Infraestrutura será carro-chefe de negócios em 2013.


Associação Brasileira de Engenharia Industrial realizou, em março, sondagem de expectativas com as empresas associadas sobre o período 2013/2014. O resultado mostra que as companhias vêem o período com cautela. O dado mais otimista é sobre o setor de infraestrutura. Quase 73% dos entrevistados acreditam em aumento dos investimentos na área. Outro setor que é visto como fonte de oportunidades de negócios no período é o de energia: 39,2% dos pesquisados apostam em crescimento de aportes no segmento no próximo período. 

O presidente da ABEMI, engenheiro Antonio Müller, acredita que as respostas refletem a percepção sobre a continuidade das obras de infraestrutura no país, em função de fatores como a realização da Copa do Mundo e Olimpíadas, as pressões do setor de agronegócios sobre os portos, e o calendário eleitoral, o que obriga os governos a realizar empenhos imediatamente e até junho de 2014.

 “A possibilidade de mais investimentos públicos e a ampliação das linhas de crédito do BNDES para financiar projetos de logística, rodovias e aeroportos, por exemplo, são projeções bastante positivas para as empresas de engenharia, que nos últimos anos estruturaram equipes competentes e precisam mantê-las", diz Müller. 

Por outro lado, são fontes de preocupação os setores de siderurgia (73,5% dos entrevistados creem que as companhias investirão menos em 2013), óleo e gás (55,8% têm expectativa de menos investimentos) e química e petroquímica (mais de 48% preveem queda nas oportunidades). Para o presidente da entidade, o resultado sobre área de siderurgia é coerente com a paralisia do segmento, que vem sendo afetado seriamente pela crise econômica nos países desenvolvidos. Já as expectativas sobre os setores de óleo e gás, e química e petroquímica estão relacionadas com a postergação de projetos anunciada no ano passado. 

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