segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Gente da Bahia

O mestre das artes plásticas Juarez Paraíso, o abade beneditino Dom Timóteo, o deputado do divórcio Nelson Carneiro, o estudioso do afrobaiano Edison Carneiro e o capoerista angoleiro Mestre Pastinha: esse é o elenco de personalidades perfilados no novo pacote editorial da Coleção Gente da Bahia bancada pela Assembléia Legislativa do Estado da Bahia, com lançamento marcado para essa terça-feira, dia 15 de dezembro,a partir das 16h30 no saguão Deputado Nestor Duarte, da ALB.

O perfil do professor Juarez Paraíso, um ícone de inquietação e modernidade durante décadas no âmbito das Belas Artes baianas é de autoria do jornalista e escritor Claudius Portugal; Fabiano Viana Oliveira escreveu sobre o abade Dom Timóteo Amoroso Anastácio, figura corajosa, serena e marcante que dirigiu o mosteiro de São Bento de Salvador durante os anos mais duros da ditadura militar. O mesmo autor escreve o perfil do político Nelson Carneiro. Em parceria com Luis Alberto Couceiro, o jornalista Biaggio Talento assina o perfil de Édison Carneiro, uma indispensável referência para os estudiosos das raízes africanas que forjaram a identidade baiana; e os jornalistas Otto Freitas e José de Jesus Barreto traçaram o perfil do filósofo popular e mestre maior da capoeira angola da Bahia, Vicente Ferreira Pastinha.
Dessa turma de personalidades – a grande maioria nascida e alguns adotados pela Mãe Preta Bahia -, todas marcantes dentro do mundo cultural baiano desses seis/sete últimas décadas, apenas Juarez Paraíso continua em plena atividade, pintando, criando, dando aulas, orientando gerações.
O Mestre Pastinha, sem dúvida o menos ilustrado dessa turma, deixou uma herança angoleira que se espalhou pelos cinco continentes e também ensinamentos de um sábio mulato nascido e criado nas ruas e becos do centro histórico de Salvador. Sua academia de Capoeira Angola foi uma referência no Pelourinho:
‘Tudo o que penso da capoeira, um dia escrevi naquele quadro que está na porta da academia. Em cima só essas três palavras: Angola, Capoeira, Mãe. E embaixo, o pensamento: Mandinga de escravo em ânsia de liberdade; seu princípio não tem método; seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista’.Valeu Zé de Jesus Barreto.

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