O Observatório da Discriminação Racial da Violência contra a Mulher e LGBT registrou, até o momento, 80 casos entre racismo, violência e homofobia ocorridos no circuito do Carnaval. Desde o início da folia que a equipe da Secretaria Municipal da Reparação (Semur) em parceria com o Ministério Público do Estado, Defensoria Pública e Delegacia Especial de Defesa à Mulher está atendendo nas unidades instaladas nos circuitos da festa (Ladeira de São Bento; Estação da Lapa; Campo Grande e Ondina) com o propósito de registrar reclamações das vítimas de discriminação de raça, gênero e orientação sexual.
Dentre os casos denunciados no Observatório, constam além de agressões verbais, também físicas sofridas por homossexuais e recusa de contratação de trabalho por conta da opção sexual. Os casos (três registrados até o final da manhã deste domingo,6) já foram encaminhados à Defensoria e Ministério Público. Cerca de oito mulheres também sofreram agressões no circuito da festa, cinco delas tiveram de procurar atendimento médico e sete pessoas vítimas de racismo fizeram seus registros no Observatório.
Esta é uma ação da Prefeitura Municipal do Salvador, através da Semur, que objetiva mapear dados que comprovem a existência de ações discriminatórias. Com os resultados adquiridos nesta ação, a Prefeitura pretende formular e implantar políticas públicas com a finalidade de prevenir as discriminações e desigualdades motivadas por raça, gênero ou orientação sexual ocorridas na considerada maior festa de rua do planeta.
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