segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Livro conta a história de Clarindo Silva, o Dom Quixote do Pelourinho


O Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de novembro, será celebrado na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia com o lançamento de três novos livros da coleção ‘Gente da Bahia’: são as biografias de Juliano Moreira (por Alexandre Lyrio), Milton Santos (por Waldomiro Santos Junior) e Clarindo Silva (por Vander Prata).
        A homenagem acontecerá a partir das 16h30 e contará com a presença de políticos, intelectuais, artistas, representantes do movimento negro e dos movimentos sociais em Salvador e também com a presença de convidados especiais, personagens do livro, como a atriz e ex-deputada federal Bete Mendes, e o pesquisador, produtor e apresentador Adelzon Alves, da Rádio Globo do Rio de Janeiro, entusiasta e um dos maiores divulgadores do samba e da música baiana.
        Clarindo Silva é hoje uma das figuras mais populares da Bahia. Tornou sua Cantina da Lua um bar tão pulsante quanto o lugar onde está situado: Terreiro de Jesus, na entrada das velhas e históricas ladeiras do  Pelourinho, Centro Histórico de Salvador.
Durante muitos anos, a Cantina da Lua foi o ponto de referência da efervescência cultural da Cidade da Bahia e de luta pela preservação e consolidação do Pelourinho como patrimônio arquitetônico da humanidade.
Sob o comando de Clarindo Silva- na foto em sua Cantina da Lua-, o bar e restaurante tornou-se um espaço democrático, que reunia poetas, músicos, jornalistas, radialistas, artistas, políticos, nativos e turistas, reinando absoluto como ponto de encontro da cena cultural baiana, principalmente durante as décadas de 1970 e 1980.
O jornalista e escritor Vander Prata afirma: “A Cantina da Lua tornou-se morada, porto, festa, bênção, castelo, farol de São Salvador. Um espaço de baianidade único, dia e noite, noite e dia, pois Clarindo de tudo cuida e conserva, mesmo a despeito das ressacas, das marés, dos tempos de glória e decadência do Pelourinho.”
O livro relata desde a infância de Clarindo Silva, que, menino ainda, nos anos 1950, começou a trabalhar vendendo doces pelas ruas da Cidade da Bahia, até os dias atuais.  

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