Somente as barracas da Praia do Flamengo recebem milhares de pessoas na alta estação, em sua maioria turistas
E agora, para onde levar os turistas que visitam Salvador? Esta é a pergunta feita pelos agentes de viagem desde que o juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, Carlos D´Avila, decretou que todas as barracas de praia da orla da cidade deverão ser derrubadas. Um dos argumentos para a decisão judicial é o fato de que os equipamentos estão situados em área da União. De acordo com Neusa Ribeiro, representante oficial da operadora CVC em Salvador, a barraca de praia é parada obrigatória dos city tours. “Na alta estação encaminhamos 4 mil turistas por semana à Barraca do Lôro, na Praia do Flamengo. Na Bahia e em todo o Nordeste o turista procura pela barraca de praia, é uma questão cultural ”, declarou.
Na região da Praia do Flamengo existem 10 estabelecimentos (Baionês, Barraca do Lôro, Beija Flor, Bora Bora, Cancun, Estação Aleluia, Honolulu, Marguerita, Martim Pescador e Veleiro), todos ligados ao sistema de esgotamento sanitário e situados fora da areia da praia, além de possuirem cozinhas em perfeitas condições para a manipulação de alimentos e funcionários uniformizados. São uma verdadeira referência nacional, com infra-estrutura e serviços diferenciados para receber baianos e turistas.
“Temos 30 funcionários com carteira assinada, reciclamos todo o óleo produzido, promovemos a segurança e a limpeza da praia, sem falar que estamos a 30 metros da areia”, declara Aloisio Melo, proprietário da Barraca do Lôro, empreendimento que tem 15 anos de história e figura rotineiramente na mídia nacional como um dos principais atrativos turísticos da capital baiana. “O turista quer ter um bom atendimento e serviço de qualidade. Não entendemos porque as barracas da Praia do Flamengo, que estão em perfeita consonância com as exigências ambientais, correm o risco de acabar”, ressaltou a representante da CVC.
O grupo de proprietários das barracas da Praia do Flamengo está investindo em um diagnóstico sócio-econômico e ambiental, conduzido por uma consultoria ambiental, para apresentação ao Ministério Público. “Estamos reivindicando tempo para concluir este laudo e evitar a trágica derrubada das barracas antes de concluirmos este processo”, diz Aloísio Melo, salientando que somente em julho, período de chuvas e baixa estação, recebeu 2 mil turistas na barraca. A foto (divulgação) é da Barraca do Lôro. E você, caro leitor, o que acha dessa polêmica envolvendo as barracas de praia de Salvador? Manifeste-se.
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