segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dalton Trevisan ganha o Prêmio Camões 2012


O escritor Dalton Trevisan é o vencedor do Prêmio Camões 2012, o mais importante da língua portuguesa, atribuído a escritores que tenham contribuído de forma irrevogável para o enriquecimento literário e cultural do idioma. O anúncio foi feito esta segunda-feira  pelo secretário de Estado da Cultura de Portugal, Francisco José Viegas. A escolha do júri desta 24ª. edição, formado por seis representantes de Portugal, Brasil, Moçambique e Angola, foi unânime e "significa uma opção radical pela literatura enquanto arte da palavra", como afirma a ata.
Considerado pela crítica especializada como o escritor que melhor soube dar dignidade aos sentimentos humanos, Dalton constrói contos curtos e secos, escritos com ironia cortante e humor cáustico, para lançar um olhar objetivo sobre a condição humana. É vencedor de diversos prêmios literários, entre eles o Prêmio Jabuti de 2011, na categoria contos, com Desgracida. Já havia sido agraciado pelo Jabuti em outras edições, entre elas a de 1995 com Ah, é Dinorá. Recebeu, ainda, em 1996, o Prêmio Ministério da Cultura e Literatura pelo conjunto de sua obra. Em 2003, ganhou o Portugal Telecom  com Pico na veia e, em 2007, o segundo lugar do mesmo prêmio com Macho não ganha flor. Em 2008, recebeu Prêmio Clarice Lispector da Fundação Biblioteca Nacional por O maníaco do olho verde. Também foi finalista do Portugal Telecom com seus últimos livros, Violetas e pavões (2010) e Desgracida (2011).
        "É um imenso orgulho ter em nosso catálogo um escritor como Dalton Trevisan, um autor consagrado pela crítica e pelos leitores, tantas vezes vencedor de importantes prêmios literários no Brasil e que agora recebe este valiosíssimo reconhecimento em Portugal. Poucas vezes um prêmio literário foi tão merecido como este", disse o editor Sergio Machado, presidente do Grupo Editorial Record, que publica toda a obra do escritor curitibano.
De Dalton Trevisan, pessoa, pouco se sabe. Ele guarda a sete chaves sua intimidade, não dá entrevistas, não se deixa fotografar, provocando frustração em muitos pela sua recusa irrevogável. A quem lhe pede entrevistas, responde que, para saber mais de sua vida, basta ler seus livros. Ele ali está de corpo e alma.

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