quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Livro relata a luta das divas do jazz



 Elas sofreram, tiveram que abandonar suas famílias, se prostituir, cantar sob as piores condições, mas deixaram um legado



A Companhia Editora Nacional lança dia 10 outubro um livro que conta a história das grandes cantoras do Jazz. Jazz Ladies – a história de uma luta (R$ 44,90 / 160 páginas), é um registro marcante da carreira de divas do jazz como Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Memphis Minnie, Sarah Vaughan, Nina Simone, Dee Dee Bridgewater e tantas outras que perseguiram o sonho de serem cantoras reconhecidas como artistas, e não apenas os rostinhos bonitos que enfeitavam as bandas masculinas.


A história do jazz feminino é uma trajetória longa e cheia de obstáculos. O ponto marcante do livro é a luta dessas artistas em questões sociais – na época, cantar jazz era a única arma que as mulheres dispunham em uma sociedade americana patriarcal e racista, principalmente para as negras, maioria na história do jazz. O livro começa pelo nascimento das primeiras jazzwomen e das cantoras de blues clássico. Depois narra a luta pela liberdade da mulher negra durante a grande depressão americana até encontrarem seu lugar na música durante a guerra, quando os homens foram convocados. Mais tarde elas seriam militantes dos direitos civis, até que, nos anos 1960-1970 foram reconhecidas, enfim, como grandes artistas. Por fim, o livro conta casos interessantes dessas divas como a prisão de
 Nina Simone em 1995 e morte de várias delas por conta do abuso do álcool.

As imagens de época também fazem parte do livro, bem como capas de discos, cartazes de shows e outros registros de época. No final, o autor faz uma seleção de discos clássicos indispensáveis para os que querem se iniciar nesse gênero musical. Aqui, os fãs de jazz vão conhecer muitas vidas que se cruzaram, mulheres amigas que se tornaram rivais, que nasceram na mesma região mas distanciaram-se, brigaram e cantaram juntas depois. Uma luta de valentes mulheres que abriu caminho e serviu de referência para artistas atuais, como Norah Jones, Diana Krall e Jozz Stone.




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