domingo, 7 de outubro de 2012


  
Obra de não-ficção mais vendida na França será editada no Brasil                            

Soraya tinha quinze anos quando o ex ditador da Líbia Muamar Kadafi foi visitar a escola onde ela estudava. No momento em que ela lhe estendeu um buquê de flores, ele colocou a mão na cabeça da menina e acariciou seus cabelos. Era o gesto secreto que sinalizava a suas guarda-costas que ele a havia escolhido. A adolescente foi, então, raptada e, durante sete anos, foi estuprada, espancada, forçada a consumir álcool e cocaína e depois integrada às tropas das "amazonas" de Kadafi.

 A chocante história foi revelada ao mundo pela jornalista francesa Annick Cojean em O harém do Kadafi, que chega às livrarias brasileiras pela Verus Editora, em novembro. Jornalista do Le Monde há trinta anos, Annick conta a história de Soraya e de outras centenas de mulheres obrigadas a integrar o harém de Kadafi. Revela também que o ditador, permanentemente drogado, estuprava todos os dias várias mulheres e também rapazes, em um cotidiano de violência até hoje mantido como assunto tabu na Líbia pós-Kadafi.

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